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A Psicologia da Virada de ano!

Hoje trago um texto da Psicóloga Fernanda Poersch que nos dá dicas para começar bem um novo ano… Um texto leve e cheio de informações necessárias para enfrentar as lutas do nosso dia a dia. Espero que vocês gostem e que esse texto ajude vocês a começarem bem 2018!

O réveillon parece uma mágica! De repente somos tomados por um sentimento que vem nos dar força e coragem para por em prática tudo o que desejamos. São pensamentos positivos que invadem nossa mente dizendo que tudo será diferente, que desta vez dará certo. Muitos planos, muitas mudanças e uma determinação contagiante. Desenvolvemos uma “síndrome da falsa esperança” onde há o fato de que a maioria de nós, nestas datas, criamos expectativas irrealistas a respeito de nossas mudanças de vida, e mais que isso, subestimamos a capacidade de uma transição psicológica mais duradoura.

Em muitos casos, a necessidade pessoal de mudar é tamanha que faz com que os desejos se tornem tão irreais, limitando drasticamente a capacidade de transformação pessoal. Mesmo com as experiências dos anos passados de que planos impossíveis são, muitas vezes impossível, lá estão eles de novo com a mesma intensidade, pois por alguns dias esquecemos da frustação que sentimos no fim do ano anterior por não ter conquistado tais objetivos.

Já se sabe que é preciso iniciar mudando pequenas coisas, aquelas coisinhas bem simples e possíveis, pois do sucesso delas é que você terá motivação para as grandes conquistas. Entretanto, seguimos nos primeiros dias do ano confiantes fazendo grandes planos e promessas. Com o passar dos dias, vamos percebendo que a vida toma novamente o mesmo percurso, e sem perceber começamos a fazer as mesmas coisas as quais muitas vezes nos deixavam insatisfeitos e até desconfortáveis como por exemplo: Algumas relações interpessoais que eram tóxicas a ti permanecem no seu convívio, você não iniciou a dieta, nem academia, nem o inglês, enfim…

Nesse momento, o “feitiço” do ano novo desaparece por completo e você nem percebe que suas promessas continuam ali sem “sair do papel”. O ano novo pode servir para várias mudanças positivas, mas lembre-se: elas podem também acontecer no primeiro dia do mês, no primeiro dia da semana enfim, elas precisam ACONTECER e só depende da sua iniciativa. Comece por aquele plano simples e pequeno, mas comece.

Pequenas Decisões Grandes Mudanças

Hoje em dia pela correria que tornamos nossas vidas, se diz que não há mais tempo nem para planejamentos, pois o ócio parece errado, improdutivo.Nos cobramos que temos que estar sempre lendo, estudando, trabalhando, seja em casa, na internet, no telefone, enfim, a maioria das nossas metas são no trabalho e não na vida. Devido essa correria que nós mesmos nos permitimos surgem as patologias; estresse, ansiedade, depressão, entre outros transtornos que podemos desenvolver.

 

No ano passado mais de 78 mil pessoas foram afastadas do trabalho por episódios de depressão e ansiedade. A depressão é considerada o “mal do século” pela Organização Mundial da Saúde, ela ainda é um desafio para pacientes e médicos. Contudo ela se torna ainda mais difícil e desafiadora quando a sociedade e até mesmo as pessoas do nosso convívio não acreditam nela como uma doença. Em 2018 ainda se houve falar em “falta do que fazer”, “frescura”, “charme” entre outros nomes que são dados a uma doença que mata. Procure ajuda, se informe sobre os sintomas dessas doenças e procure um profissional. Isso sim seria uma “virada de ano” uma “virada na sua vida”.

Temos a obrigação de ajudar o próximo e a nós mesmos a tirar o pé do acelerador da vida e viver com mais intensidade e não com tanta pressa. Precisamos nos ORGANIZAR e conseguir fazer tudo, mas nesse tudo temos que trazer o lazer. Sim, você pode ficar sem fazer nada, sim, você pode dormir o sábado todo, sim você pode deixar seus filhos uma tarde nos avós, na vizinha, no cunhado, apenas para descansar, ler, dormir, caminhar, sair com amigos. Isso não é um “pecado”.

Atualmente vivemos numa cultura em que o estresse suplantou a felicidade tornando-se ele o estado mental mais comum. As mesmas coisas que se supõe servirem para ganharmos tempo e nos proporcionar bem estar, frequentemente nos causa aborrecimento e preocupação. Não sabemos mais ser feliz. A verdade é que não seremos capazes de curar o mundo até encontrarmos um equilíbrio dentro de nós mesmos. Se permita relaxar. Se você perdeu tempo com algo, ok, aceite. Naquele momento era o que você queria, ou precisava, foi o caminho resultante das decisões que você tomou.

Não se culpe mesmo tendo 20, 30, 40, 50, 60, 70 anos, você fez o que tinha que fazer e o que dava para fazer. E agora é daqui para frente. Sinta a dor, mas também o amor. Se tentar, tal talvez sofra as consequências, se não tentar, permanecerá naquilo, afinal, são escolhas não é? Seja você o autor da sua história e não o outro.

Porque você nunca vai ser feliz no outro, primeiramente você é feliz POR você mesmo, PARA você e depois para o outro. 2018 é o tempo que você tem hoje. Faça as pazes com ESTE momento. Não importa sua idade, arrependimentos, desafetos… Em qualquer ano a sua alma deseja ser feliz.

Fernanda Poersch
Psicóloga CRP: 08/13774
Formada pela Universidade Paranaense UNIPAR – Cascavel
10 anos de formação atuando na área clínica em Pato Branco.
Atualmente atende na Clínica CLINISAM no Centro Médico Silvio Vidal
Rua: Dr. Silvio Vidal, 175 – sala 604
46 3025-1205 – 99105-1205

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