Da série: Saudosas! A dona do meu coração!

A história da mulher mais importante da minha vida, uma guerreira, que lutou até os últimos minutos pela vida, mas que já voltou para o seu lugar no dia 05/01/17…

“Quando eu resolvi fazer um Instagram e uma Fanpage no Facebook falando sobre as mulheres e sobre as suas diferentes histórias foi porque queria empoderar ainda mais essas mulheres. Homenagear, honrar e agradecer. E uma mulher que preciso, devo e quero homenagear, sem dúvidas, é a minha mãe querida.
Minha mãe se chama Ivete Maria Madalosso, nascida em 28/10/1951 na cidade de Coronel Vivida. Nascida em uma família tradicional e bem estruturada na cidade, mas que muito cedo enfrentou sua primeira dificuldade perdendo seu pai com 1 ano de idade e com isso todo o curso de sua história foi mudado e ela muito nova, com 6 anos precisou começar a trabalhar de babá para ajudar a família. Teve uma vida muito difícil, já que era a mais velha dos irmãos. Sempre foi uma mulher extremamente trabalhadora e dedicada em tudo o que fazia. Foi professora, catequista, esposa, mãe… e foi empreendedora também. Em 1983 abriu uma loja de calçados e confecções sendo uma excelente comerciante e conquistando muitos clientes e amigos que permanecem até hoje. Porém, em nome da família e dos filhos abriu mão do seu sonho para então se dedicar somente à sua casa. Minha mãe tem 4 filhos e 1 neto, a sua razão de viver.

Trabalhou arduamente, e como sempre gostou de sua independência, começou a fazer pães, bolos, cucas em casa para ter uma renda a mais, e também conseguiu fazer tudo isso com muito sucesso, lembro que nessa época eu e o meu pai saímos fazer as entregas em toda a cidade. Porém, por um problema de saúde precisou parar.
Em 1996 começou então a trabalhar como zeladora na escola de natação Patoagua. Ali ela cuidava de muitas crianças: secava as crianças, vestia, dava lanches… hoje essas crianças são adultas mas ainda lembram com carinho da tia Ivete. Pela sua competência logo ela assumiu a secretaria da escola e outros afazeres. Depois do fechamento da escola ela foi cuidar do campo de grama sintética da Patoagua e ali ela continuou fazendo várias amizades. Turma da quarta, dos engenheiros, da quinta, dos loucos hehehehe todos tinham um nome para ela. Todos amavam ela como uma mãe.
Em 2014 começou a fazer curso de ministra da Eucaristia, porque seu sonho era sair na rua ajudando os mais necessitados.
Mas, a vida veio e nos deu uma rasteira quando em janeiro de 2015 descobrimos que ela estava com um câncer no pâncreas. Desolação para todos nós que não entediamos o porque tudo isso com ela. Porém, ela sempre se manteve firme e confiante na sua luta com muita fé em Deus e em Nossa Senhora. E hoje mesmo parecendo cansada de lutar não deixa de acreditar num milagre. Esse é o exemplo mais forte de mulher para mim e tenho certeza que para muitas outras. Quem conviveu com ela sabe da lutadora que é. Prestativa, generosa, forte! Essa é a minha singela homenagem para uma mulher que se fez sempre presente na vida de seus filhos e de quem passou por sua história!”

Saudades minha mãe!