Categorias:

Cracóvia – Polônia

Para começar bem o mês de Setembro, o mês do meu aniversário, às vésperas de comemorar 42 anos, refleti muito sobre a minha ascendência quando recebi essa matéria da minha amiga Vivian Ferraz que visitou a Polônia em 2016 e escreveu um pouco sobre a Cracóvia (ela tem um blog que escreve sobre suas viagens, link no final da matéria). Por parte da minha avó materna sou descente de poloneses e lituanos, e lembrando de todas as dificuldades que passaram em seus países e também para chegar até o Brasil como refugiados, reconheço a força e a fibra desse povo que muitas vezes encontrei em mim quando enfrentei os meus desafios de vida. Além disso, a Polônia é uma país lindo, com muita história, muita cultura e muita essência. Um país que vale a pena incluir num roteiro de viagem quando se passa pela Europa, com certeza um destino que está na minha lista. Fiquem agora com essa matéria linda com muita informação e cultura.

“Antes de falar sobre a Cracóvia, vou indicar algumas leituras e filmes a que assisti ou reassisti para ter um bom embasamento  sobre a Polônia. Quando eu viajo para um destino inédito,  procuro reunir o maior número possível de informações a respeito do  lugar para não chegar lá “cega” e perdida sem entender muito bem o que os guias dizem ou não poder entender o motivo de algum monumento estar naquele local.

Eu sabia muito pouco sobre esse país no Leste Europeu e uma dessas coisas é que eu sou descendente de poloneses. Já havia lido o livro “A menina que roubava livros” e assistido a alguns filmes a respeito da Segunda Guerra Mundial, como,  por exemplo “A lista de Schindller”; mas sentia que era muito pouco. Precisava de bem mais informações, pois o país merecia. Foi aí que assisti a “Bastardos Inglórios” e  “O menino do pijama listrado” – ( deste já havia lido o livro e assistido ao filme, mas repeti;  assisti também a  “O coração corajoso de Irina Sendler” –   filme que dá  vontade de assistir todos os dias pra ver se mudamos um pouco nosso egoísmo e nos espelhamos nessa jovem enfermeira polonesa que salvou 2500 crianças dos nazistas. A história é real e junto com o senhor Schindler ela foi uma das pessoas mais importantes na Polônia durante a Segunda Grande Guerra. Depois desse filme eu julgo que não precisamos assistir mais nada. Se tiver que escolher, fique com A lista de Schindler e Irina Sendler.

Museu Histórico da História e Cultura dos Judeus.

Bom, dito isso, vamos começar nosso passeio por um lugar que sofreu muito com a guerra: o bairro judeu. Não posso me ater a explicações históricas,  pois essa não é minha área de atuação e muito menos é objetivo do blog, mas é impossível falar sobre a Polônia sem ter pelo menos uma pincelada da história trágica da região e,  vai por mim, você  vai  aproveitar bem mais o seu passeio se,  antes de ir,  informar-se  um pouco sobre o que o país passou e poder entender como é que em tão pouco tempo eles se ergueram das cinzas e são considerados uma das maiores economias europeias atuais.

Bom, a perseguição a judeus sempre existiu nos países europeus, mas a Polônia, ao contrário dos seus vizinhos, recebia muito bem esse povo e por esse motivo a migração judia cresceu consideravelmente.

Só na cidade de Cracóvia, antes de Segunda Grande Guerra já havia em torno de 70 mil judeus morando aqui, no bairro chamado Kazimierz. Aqui eles podiam falar sua própria língua e seguir a sua religião sem serem perturbados.

Na cidade de Cracóvia, diferente da cidade de Varsóvia (capital da Polônia), o bairro judeu  foi preservado e a arquitetura continua original bem como o cemitério pois os judeus não ofereceram resistência à ocupação nazista e aceitaram serem levados para o gueto construído no subúrbio da cidade com a condição de não se afastarem de lá sob ameaça de serem executados imediatamente. Devido a isso, podemos ver todas as casas preservadas. Muitas delas viraram bares, restaurantes e lojinhas pois quando a guerra acabou, os judeus que sobreviveram não voltaram para o bairro, preferindo se espalhar pela cidade e alguns voltar para os seus países de origem.

Do bairro judeu seguimos para o centro da cidade e para a peregrinação pelas igrejas. Eu adoro visitar igrejas católicas. Independentemente da religião,  vou à igreja para apreciar a obra arquitetônica, a genialidade dos grandes mestres, a riqueza depositada em seus altares, as esculturas, telas e relíquias guardadas ao longo de séculos. E, para mim,  a Cracóvia foi um prato cheio, existe uma igreja ao lado da outra e todas com muita história envolvida. Em casa eu já havia feito um roteiro delas e, chegando à cidade,  peguei o mapa turístico com o concierge do nosso hotel e fui marcando direitinho para não pular nenhuma. É bem fácil se locomover na cidade.

Escultura do polonês Igor Mitoraj.
Mercado da Praça.

Fomos no mês de junho para a cidade e quem disse que a Polônia é um país frio? Sol escaldante, muito calor e povo alegre. Todo mundo se refrescando nas fontes de água da praça.

Amigos comemorando uma despedida de solteiro.

A igreja está localizada na Praça do Mercado, a  mais pulsante da cidade. Não se preocupe, essa praça será lugar de muitas idas e vindas enquanto estiver em Cracóvia. A construção original da igreja data do século XIII, mas foi sendo destruída e reconstruída durante os séculos. Essa igreja é também o ponto mais alto da cidade, com 85 metros até o topo da sua torre. Lá no alto, um trompetista toca o seu trompete a cada hora cheia e no final dá tchauzinho para os turistas. E por que existe esse trompetista? Reza a lenda que em 1240 o exército tártaro programou invadir a cidade enquanto todos dormiam, mas eles não contaram que existia um soldado fazendo guarda na torre da igreja, e para acordar a cidade e avisar a população sobre a invasão o soldado começou a tocar trompete, porém ele foi atingido por uma lança que atravessou a sua garganta. Como homenagem a esse bravo defensor da cidade, até hoje o trompete é tocado na torre.

Basílica Virgem Maria.
Interior da Basílica.
Igreja São Pedro e São Paulo.
Igreja Santa Ana.
Igreja Santo André.

Quantos dias ficar na Cracóvia? Nós ficamos apenas 4 dias e foi muito corrido. É dali que saem os passeios para a Mina de Sal e também Auschwitz e por mais que eles digam que dá para fazer os dois passeios no mesmo dia, nós preferimos fazê-los intercalados.

Quanto custa? O país é muito barato. Você irá se esbaldar nos restaurantes, bares e pubs espalhados pela cidade. A cerveja então, menos de 1 euro o caneco.

Que língua falam? falam polonês, mas o inglês foi usado perfeitamente em todos os lugares que frequentamos. Só não tente espanhol e português, quase impossível encontrar alguém falando essas duas línguas.

Quando ir? Eu odeio frio, portanto fomos em junho que era garantia de tempo bom e não muito quente como acontece em agosto.

O que conhecer? Quando chegar à cidade pegue um mapa turístico que ele  vai  te mostrar tudo que existe de mais importante na cidade. Nós fizemos nosso roteiro antes de sair de casa e só demos uma adaptada conforme o tempo que tínhamos disponível na cidade.

De onde para onde? Fomos a Cracóvia a partir de Praga e de Cracóvia fomos para Varsóvia.

Onde se hospedar? ficamos no Radisson Blu Hotel Krakow. Muito perto da praça do mercado e com um café da manhã dos deuses. Valia a pena acordar mais cedo só para poder comer sem pressa.”

https://www.radissonhotels.com/pt-br

Conheça outros destinos que Vivian e sua família conheceram pelo Brasil e pelo mundo.

http://www.viviviaja.com.br/

Redes Sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/viviviaja/

Instagram: http://www.instagram.com/vivi_viaja_

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.