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Dia do Professor: A História da Minha Primeira Professora!

Todos nós sabemos da importância dos professores na nossa vida, ninguém, de nenhuma profissão conseguiu chegar onde chegou se não tivesse o apoio e a ajuda dos professores. E durante a nossa caminhada muitos são os professores que marcam a nossa história, mas com certeza o professor mais inesquecível é o primeiro! E ele é importante porque marca os nossos primeiros dias longe de casa, longe da mãe, começando a descobrir o mundo de fora… e se esse professor for paciente, carinhoso, atencioso jamais será esquecido. E hoje, para homenagear todos os professores, escolhi contar a história de vida da minha primeira professora: a Tia Elizabeth (tia Bete), minha professora do pré-escolar. Doce, meiga e cheia de amor foi ela que me ensinou os primeiros rabiscos, as primeiras folhas de desenho pintadas, as músicas de escola inesquecíveis e fez com que os dias de pré-escola fossem cheios de lembranças boas para recordar. Consigo até sentir o cheiro da minha primeira sala de aula. Obrigada minha querida Tia Bete!! Conheçam um pouco da sua vida e trajetória profissional.  

“Elizabeth Maria Chemin Bodanese nasceu em 02 de março de 1958, em Chapecó, Santa Catarina. Aos nove anos, com o pai Carlos Chemin, a mãe Neiva e o irmão Carlos Eduardo, chegou a Pato Branco, Paraná.

Casada com Rui José Bodanese, tiveram os filhos: Tiago e Diego. E os netos: Rafael (filho do coração), Gabriel, Fabricio, Caetano, Vitor e Nicolas. E as noras Leticia e Maitê. Para Elizabeth, como um dia escreveu o poeta, suas estrelas da vida inteira.

Elizabeth, desde pequena, com o incentivo da família, participou de peças teatrais, danças, concursos como quando recebeu o seu primeiro prêmio na arte de escrever: 1º Lugar, no “Primeiro Concurso literário – Cidade de Pato Branco”, momento em que Pato Branco comemorava o Vigésimo Primeiro Aniversário de Emancipação Política. Também, em Pato Branco, em 1974, no então Clube Operário, por concurso recebeu o 1º lugar e o título de Rainha da APES.

Elizabeth (com 7 anos) e o irmão Carlos Eduardo Antônio Chemin (5 anos)

Elizabeth, o pai Carlos Chemin e a mãe Neiva, quando ganhou o concurso Rainha da APES 1974

Estudou no Colégio Professor Agostinho Pereira e no atual Colégio Vicentino Nossa Senhora das Graças. Neste, cursou parte do Ginásio e o Magistério (Escola Normal Colegial Dr. Xavier da Silva), concluído em 1977.

Formada em Letras Português/Inglês, pela (FUNESP) Fundação de Ensino Superior de Pato Branco (1988); Pós-Graduada em Língua Portuguesa – Descrição e Ensino (1993); Literatura Brasileira (1991); e, Metodologia do Ensino Tecnológico (1996); Mestre em Ciências Sociais Aplicadas – Recursos Humanos (1999), no início da carreira trabalhou como professora celetista no Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira, Colégio Estadual Carlos Gomes, Premen, Colégio Estadual La Salle; por onze anos, no Colégio Mater Dei, onde iniciou como professora do Pré II. Em 1994, aprovada em concurso público, passou a lecionar, com Dedicação Exclusiva, no CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, o qual foi transformado em UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em 2005. Aposentou-se em 2009.

Elizabeth e o esposo Rui José Bodanese
Elizabeth e o esposo Rui José Bodanese

Durante muitos anos, na UTFPR, foi membro da Comissão Responsável pelo “Projeto Resgate Histórico de Pato Branco”, trabalho de busca, registro, arquivo e divulgação da História do Município de Pato Branco.  Em 2003, pela Portaria nº 098 de 14 de agosto, foi Presidente responsável pela formatação atualizada do Curso de Letras da UTFPR. De 2001 a 2003, Representante dos Docentes do Ensino do 2º Grau, no Colegiado da Subcomissão Permanente de Pessoal Docente do CEFET-PR – Pato Branco. Em 2007, Membro da Comissão de elaboração Projeto para a abertura do Curso Licenciatura em Letras Português/Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco. Com Posse em 2008, pelos relevantes trabalhos desenvolvidos na área da Educação, da História e da Cultura, tornou-se Membro Efetivo e Ocupante da Cadeira nº 30 da Academia de Letras e Artes de Pato Branco – ALAP. No período de 2008 a 2010, foi presidente da Academia de Letras e Artes de Pato Branco. É Acadêmico Honorário da Litteraria Academiae Lima Barreto, do Rio de Janeiro.

O filho Tiago.

Em 2000, foi Jurado no Concurso de Oratória para alunos de 2º e 3º graus, com o tema “Paz Mundial”, promovido pela Câmara Júnior CEFET; em 2008, Comissão Avaliadora do Prêmio SICREDI Universitário, que abordou o tema “Cooperativismo de crédito: características e influências na comunidade”; em 2008, Comissão de elaboração, avaliação e premiação do Concurso Unimed Cidadã 2008, projeto da Unimed Pato Branco, em parceria com a ALAP, o Núcleo regional de Educação de Pato Branco e Secretarias Municipais de Educação. Categorias: Desenhista Mirim, Escritor Mirim, e Docente Transformador; em 2009, Comissão de organização, avaliação e premiação do Primeiro Concurso de Redação do Diarinho, desenvolvido no Projeto Diarinho, do Instituto Carlos Almeida, Diário do Sudoeste, em Pato Branco, Paraná.

Diego (filho) e Nicolas (neto)

Em 1992, recebeu o Diploma de Honra, pela dedicação em prol da Educação Lassalista em Pato Branco. Em 2001, “2º Lugar – Poesia”, no 3º Concurso Francisco Beltrão de Literatura promovido pelo Jornal de Beltrão, Núcleo Regional de Educação e Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão.  2003, “2º Lugar – Poesia”, no 4º Concurso Francisco Beltrão de Literatura promovido pelo SMEC/Departamento de Cultura, Jornal de Beltrão e Núcleo Regional de Educação.

Em 2003, foi responsável pela correção e organização do livro CEFET – 10 Anos – Tecnologia e Humanismo: Laços em Poemas, publicado em 2003, no evento comemorativo dos 10 Anos do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Unidade de Pato Branco. Em 2004, com Neri Bocchese, publicou o livro “No Fogo o Brilho e a História de um Povo”. 2010, com Rodrigo Sandrin, publicou o livro “Família Bodanese (Modanese) – Resgate Histórico: Momentos de Transcendência”.   2015, com Neri Bocchese, “Presença Franciscana em Terras Brasileiras”. Em 2014, publicou o livro Laços de Amor.

Maitê (nora) e Nicolas (neto)

Em 2015, recebeu “Moção de Aplauso”, da Câmara Municipal de Pato Branco, em sessão realizada no dia 03 de agosto de 2015, pelo lançamento do livro Presença Franciscana em Terras Brasileiras, último livro produzido no Projeto Resgate Histórico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Pato Branco.

Autora de poemas, contos, crônicas, publicados na Câmara Brasileira de Jovens Escritores – CBJE (RJ); resgates históricos; textos publicados na Suíça, na França, na Alemanha, em Portugal, Elizabeth Maria Chemin Bodanese, embalada pela magia das histórias da vida, continua a registrar sonhos e realidades para que se perpetuem no tempo, e as gerações futuras conheçam o passado e registrem também a história de suas vidas.

Gabriel (neto)
Os netos Rafael e Vitor.

“Luciane

(Minha querida aluna do Pré II, na Escola Mater Dei – quando comecei a lecionar. Eu me lembro como se fosse hoje: Luciane, uma bonequinha, meiga, linda, muito educada, de mãos dadas chegava à escola sempre com a mãe. Eu ficava admirando o carinho e o cuidado daquela mãezinha para com a filhinha).

7 de Setembro 2013 – Pato Branco – Elizabeth, Rui e Rafael

Para mim, ser professor é um dom.

É amar e ser amado, tanto pelos pequeninos da Pré-Escola, alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio, quanto pelos do Ensino Superior. A busca pelo saber, a troca de experiências, as horas vivenciadas em uma sala de aula, o respeito, o cuidado, constroem laços eternos.

Nada se iguala ao sabor de ver e perceber o aprendizado no aluno, grande razão de viver do professor quando ele se transforma, através do aprendizado, em um instrumento dessa mudança. Isso, coroa de júbilo o professor que passa, anonimamente, muitas horas, além das de sala de aula, a preparar os conteúdos que, certamente, quando assimilados pelos alunos, são meios de transformação na sua vida e, por conseguinte, na sociedade.

Lançamento do livro Presença Franciscana em Terras Brasileiras. Frei Policarpo Berri, Frei Nelson Rabelo (in memoriam), Roque, Neri e Gustavo Bocchese, Elizabeth, Rui e Rafael Bodanese.

Nós, eu e meus alunos, choramos, rimos, vibramos, cantamos. Com as pedras construímos escadas. Com a paciência, a perseverança, a confiança, o comprometimento e o amor, juntos aprendemos e ensinamos lições uns aos outros.

Na vida, para tudo há um tempo. E é necessário respeitar o tempo de cada ser. É preciso incentivar e valorizar o progresso do aluno; mostrar que os erros são tentativas que não deram certo; que o saber, além de o prazer de conhecer que todo ser humano tem, da capacidade de discernimento entre certo e errado, nos faz fortes e úteis nos momentos difíceis da vida.

Elizabeth, com a professora Neri França Fornari Bocchese, no lançamento do livro Baile na Roça.
Nos 15 Anos do CEFET – Lançamento do livro de poemas: Tecnologia e Humanismo – Laços em Poemas. Professora Neri França Fornari Bocchese, professor Sittilo Voltolini (in memoriam) e professora Elizabeth Maria Chemin Bodanese.
Dia em que Elizabeth tomou posse na Academia de Letras e Artes de Pato Branco.

Enfim, acredito que plantei boas sementes na imaginação fértil dos meus alunos. E eles fizeram brotar um jardim. Hoje, cultivam e perpetuam a sua própria história.”

Por Elizabeth Maria Chemin Bodanese

 

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