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Mariana Pagnoncelli: Agrônoma, Professora, Empresária, Esposa e Mãe!

Precisei de muita inspiração para tentar resumir e, colocar em palavras a história de uma mulher tão forte como a Mari. Ainda não nos conhecemos pessoalmente, mas acompanho a vida e o trabalho dela de longe, através das redes sociais. Mas, conversamos muito através de áudios longos no Whatsapp (adoro áudios longos quando o assunto é interessante!), e assim vou tentar resumir a história de vida e de trabalho dessa escorpiana intensa! Hoje vamos falar sobre a Mariana Faber Flores Pagnonceli, nascida em São Miguel D’Oeste – SC, no dia 03 de novembro de 1987, filha do Adriano e da Carla Flores, irmã do Augusto e casada com o Fábio Pagnoncelli. A Mari da Diva’s.

“Lu, vou tentar ser breve, porque eu falo muito, então meus áudios serão longos…” Assim começamos a nossa conversa… A Mari me contou um pouco da sua infância, de uma criança muito ativa, feliz e sapeca. Seu pai, bancário, sempre era transferido para muitas cidades diferentes por uma opção na carreira. “Considero meus pais meio que nômades, eles nunca gostavam de ficar muito tempo na mesma cidade. Então moramos em muitas cidades diferentes e eu sempre tive que me adaptar a cada lugar diferente que eu chegava, mas eu sempre lidei muito bem com isso, não sei se por conta da minha personalidade expansiva ou por conta de que isso já era uma rotina para nós. De tanto que nos mudamos já morei até no Acre.”

A Mariana é formada em Agronomia pela UTFPR de Pato Branco, finalizando o curso em 2010 e já ingressando em um Mestrado dentro da própria universidade. Na sequência fez um doutorado dentro da área da agronomia que mais se identifica: Tecnologia e produção de sementes. Na época do doutorado ela encontrou uma professora que era referência em sementes e que ministrava aulas na UFPR em Curitiba, por coincidência nessa época seus pais também moravam em Curitiba. “Eu lembro que na época que me inscrevi para o doutorado não esperava ser aprovada e para mim foi uma grande surpresa! Eu já morava em Pato Branco e já namorava o meu marido atualmente.

 

Voltei então a morar com meus pais, porém depois de um ano que estava em Curitiba meu pai foi transferido para Brasília e eu fiquei 2 anos morando sozinha por lá, e confesso que foi um período bem difícil para mim porque eu não me adaptava àquela cidade e nem com os curitibanos, talvez esse tenha sido o momento de maior desafio na minha vida. Sempre fiz amizades muito fácil, mas lá eu não consegui ter amigos. Posso dizer que foi até meio depressivo… O doutorado dura até 4 anos, mas eu finalizei o meu em 3 para poder voltar o mais depressa possível. Profissionalmente posso dizer que foi maravilhoso! E pessoalmente posso dizer que foi um grande aprendizado pois sai de uma zona de conforto e fui lá enfrentar esse desafio.”

“Em 2015, seis meses antes de terminar meu doutorado, abriu o curso de Agronomia na faculdade Mater Dei e eu entrei no processo seletivo para ser professora. Dei uma aula experimental e fui contratada no mesmo dia. No mesmo dia já passei no RH e foi muito especial para mim. Iniciei junto com o curso e estou até hoje dando aulas, adoro dar aulas, adoro estar em contato com a turma. Atualmente eu ministro várias disciplinas dentro do curso de Agronomia, não somente a do meu curso de Doutorado, isso fez com que eu corresse atrás de outros conhecimentos. Tive que estudar muito, me moldar muito, o que também foi bastante desafiador. Atualmente o curso já é reconhecido através dos esforços de todos.”

Mas além de ser Agrônoma e professora, a Mariana também é empresária. Já ouviu falar na Diva’s Acessórios Finos? Pois é, tem o talento da Mari por trás dessa empresa também!

No segundo ano da faculdade de agronomia, os pais da Mari foram embora para Curitiba, seu irmão casou e ela foi morar sozinha em Pato Branco com algumas amigas. “Eu sempre fui muito independente, não queria que me pai tivesse que me mandar dinheiro todo mês para me sustentar em Pato Branco, então pensei em ter uma renda só minha. Fui até a loja de bijuterias Carol Carol que tinha várias meninas vendendo externamente para ela, principalmente universitárias, e comecei a vender. Eu sempre gostei de vendas, sempre gostei de acessórios e de ter o meu dinheiro! Trabalhei para ela durante 2 anos, me sustentei até o final da faculdade vendendo bijuterias. Até quando terminei a faculdade de agronomia achava que seria vendedora de defensivos agrícolas de tanto que eu gosto do comercial. Porém, no final da faculdade que parei de vender para para a Carol Carol e comecei a comprar em atacados de bijuteria em Curitiba e São Paulo e me sustentei com essas vendas até o final do meu mestrado.

Quando eu iniciei o meu doutorado sabia que não poderia mais continuar com as vendas porque viria menos para Pato Branco, Curitiba não tinha tanto público para isso e para mim foi um desafio ter que largar as vendas, porque no fundo eu sabia que, de alguma forma, eu queria trabalhar com isso. Mesmo sabendo que iria terminar meu doutorado, que iria trabalhar na área de agronomia, o comercial estava aflorado dentro de mim, além de gostar muito de trabalhar com o universo feminino. Durante 3 anos fiquei afastada dessa atividade e foi o auge da minha tristeza. Eu sentia muita falta de tudo isso!!! E sabia que quando terminasse o meu curso eu iria voltar a fazer isso de alguma maneira, pensava em abrir uma loja, mas aí trabalhando com produtos de qualidade, como semi joias.”

Como marido Fábio e a filha Helena.

Porém, nesse meio tempo, durante o doutorado, a Mariana não conseguiu a bolsa de estudos do governo para fazer o curso, que era um valor que já ajudaria muito. Sem poder vender as “bijus”, morando com os pais em Curitiba, tendo que pedir dinheiro para tudo, com a natureza independente que a Mari tem ela decidiu arrumar um emprego. Um casal de amigos e compadres tinha uma padaria na capital, no bairro Vila Izabel, a Mari estava disposta a tudo, fazer pão, limpar ou qualquer outra coisa para ter sua renda. Quando você não é bolsista de curso você não precisa cumprir horário de laboratório e etc, então a Mari conseguia flexibilizar o seu dia. “Trabalhei como caixa durante 5 meses, é uma padaria enorme com 60 funcionários, aprendi a mexer com pagamentos, foi uma experiência incrível!”“Em 2016 terminei meu doutorado e voltei para Pato Branco e em maio desse mesmo ano já abri minha empresa! Criei a Diva’s (esse nome tem a ideia de mulher forte, empoderada) criei logo, marca, tudo! Tive ajuda do meu marido para comprar as peças, montar o estoque, nessa época nem usávamos redes sociais, era mais no contato físico mesmo. Mas vender somente na rua era pouco, as pessoas queriam um espaço físico, organizei de maneira meio que amadora um canto na minha casa para receber as pessoas e o negócio foi fluindo, não eram somente amigos que me procuravam para comprar, novos clientes apareciam sempre e aí montei um espaço mais organizado e planejado, agora em agosto essa loja já faz 3 anos e são 5 anos de Diva’s.”

Desde o começo da Divas a Mari tinha a Fran, amiga e colaboradora, que ajudava a cuidar da loja, porém desde março de 2020 por conta da pandemia, a Fran precisou se afastar para cuidar dos filhos e a Mari assumiu tudo. Se desdobra entre a Divas, filha, marido e as aulas na faculdade. E mesmo num ano totalmente atípico o negócio da Mari contínua próspero. Ela não pensa em abrir mão da sua vida intensa, nem das Divas, nem das aulas. “Atualmente nesse semestre estou dando aulas em apenas duas noites por semana. Já teve semestres que eu dava aula todas as noites e também nos finais de semana quando tínhamos aulas de campo. Sempre foi muito proativa, mas senti que precisava reduzir meu ritmo, talvez até isso a pandemia nos fez repensar.”

 

A Divas tem um estilo de semijoias bem diferente, principalmente com a utilização de muitas pedras naturais. “A minha paixão por pedras também tem a ver com o que estudei na faculdade, quando estudamos sobre “solo” aprendemos que ele vem da decomposição de rochas. Sempre gostei de estudar e saber sobre as rochas (pedras), de onde ela veio, como ela se formou. Aliei o conhecimento da faculdade com a paixão por acessórios com pedras naturais, que são os meus preferidos. Sou apaixonada por pedras!”

“Eu tenho muitos sonhos para minha vida pessoal e profissional. Tenho planos de aumentar a loja da Diva’s em breve!”

E quem é a Mariana fora da faculdade, longe da Diva’s? Qual é o seu hobby? A Mari é certeira: “meu hobby é tomar cerveja! Eu gosto de sentar com meu marido, relaxar e tomar uma cerveja, ou reunir meus amigos em casa para tomar minha cerveja.“ E qual o seu sonho pessoal? “Nenhum além de ter saúde para poder desfrutar o que já conquistei, não adiantar querer abraçar o mundo e não ter saúde e não poder ter tempo livre para aproveitar. Depois que passamos pelo Covid, aprendemos ainda mais!” Finaliza!

Com a filha Helena.

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