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Adriana Loduvichak: Jornalista e Apresentadora, A Paixão pela Comunicação.

Era um sábado de manhã e, enquanto eu estava no salão fazendo minha escova tranquilamente passeava pelos stories do Instagram. Até que me deparei com o story da Adri, que mesmo bem cedinho já tinha feito a sua corrida e estampa um sorriso iluminado naquela foto. Na mesma hora eu pensei: Vou chamá-la para contar a sua história no site e mesmo sem ter nenhuma intimidade com a Adri (nos conhecemos mais pelas redes sociais do que pessoalmente) eu senti uma vontade enorme de falar com ela. A Adri de bate pronto já me respondeu e falou que ficaria muito feliz, principalmente porque nesse momento sua vida profissional passa por uma transição. Até brinquei com ela: “Veja só, é o universo conspirando!” E ela me falou que naquele exato momento estava ouvindo um louvor chamado “A Resposta”! Foi muito emocionamente! Mas, além disso, quando comecei a conhecer melhor a história da Adri encontrei ali muitas coisas parecidas com a minha história: as brincadeiras de repórter ainda criança, a timidez na infância, o amor pelo piano… Deixo agora com vocês! Acompanhem essa linda história!

“Sou a Adriana Loduvichak, 38 anos nascida em 23 de julho de 1983. Filha de Francisco Loduvichak e Rosane Loduvichak. Nasci em Francisco Beltrão e fui criada em Renascença. Tenho uma irmã, Patrícia Loduvichak. Fui uma criança bem típica da minha geração dos anos 80 e que viveu em uma cidade pequena. Brinquei muito na rua e  adorava fazer casinha. Filha de um caminhoneiro e uma dona de casa eu me dividia bem entre viajar com meu pai e aprender a cozinhar e cuidar de plantas com minha mãe. Percebo que esses traços carrego comigo até hoje. Uma mulher que ama cuidar da casa, dos cachorros, cozinhar para os filhos mas, que tem paixão por sentir a liberdade de pegar o carro e ir pra estrada.

A família: seus pais e a irmã mais velha.

Na infância, principalmente até uns 10 anos fui muito comunicativa tanto que na ausência de alguém pra conversar eu passava longos períodos falando sozinha (hahaha…quantas amigas e comadres imaginárias eu tive!).  Na adolescência comecei a desenvolver traços de muita timidez e complexo de inferioridade. Nessa fase descobri um jeito de me refugiar, um “lugar seguro e confortável”. Ler e escrever virou uma paixão, ali podia aprender e me expressar sem medo de julgamentos. Quando ganhei um concurso de redação da escola onde estudava no 6º ano do ensino fundamental decidi que queria trabalhar com algo que pudesse dar vida aos meus pensamentos, mas ainda não sabia o que. Fui crescendo, a timidez aumentando e jamais ousaria pensar em ser jornalista nessa fase.

Foi nessa época também que despertei para uma outra paixão: o piano! Na família do da minha mãe, que é lá do Rio Grande do Sul, todas as pessoas tinham algum dom com a música, cantavam em coral, tocavam algum instrumento e eu ficava fascinada com tudo aquilo. E uma tia avó, irmã do meu avô materno e que era freira, me ensinou a tocar teclado durante as minhas férias e eu fiquei encantada! Nessa época eu tinha 8 anos e aula de piano era algo muito caro, sabia das dificuldades dos meus pais e então eu fiz um acordo com eles, que nunca mais queria ganhar presente em datas comemorativas pelas aulas de piano. Eu estudei durante 10 anos até me formar.

A paixão pelo piano.

Quando o vestibular começou a se aproximar, eu pensava em fazer o curso de psicologia. Um dia minha mãe me disse: “porque não faz jornalismo? Você gosta tanto de ler e estudar, acho que você se daria bem”.  Resolvi ouvir minha mãe e fiz jornalismo. Durante a faculdade sempre fui aquela dos trabalhos teóricos. Fugia das gravações de telejornalismo embora meus professores sempre insistissem pra que  eu me aventurasse no vídeo. Antes de concluir a faculdade fui chamada pra um processo seletivo na TV Sudoeste para uma vaga de repórter. Participei da seleção mesmo contrariada, porque minha vergonha incluía não ter coragem de dizer não. Adivinha? Fui selecionada! Começava ali o maior desafio da minha vida: perder o medo de falar diante das câmeras. Por meses não tive coragem de me assistir, embora as pessoas me dissessem que gostavam do meu trabalho. A curiosidade um dia me fez querer ver e, confesso que até gostei! Passei a me assistir todos os dias sempre com objetivo de ver o que precisava melhorar.

O início de uma carreira na comunicação.

Fiquei na TV Sudoeste por quase dois anos até ser chamada pela TV CATARATAS que pertencia a Rede Paranaense de Televisão para um novo processo seletivo. Como sempre, até então, eu não acreditava na minha capacidade. Mesmo assim, graças a Deus (sim, eu tenho certeza que era ele agindo em todas essas situações) fui contratada. Foram 11 incríveis anos!! Vivi ali a etapa mais intensa e surpreendente da minha vida. Foram tempos de constante aprendizado, superação e muito movimento.

O trabalho na Rede RPC.

O Jornalismo me ensinou que a falta de rotina também é rotina, que imprevistos podem ser diários e que eu precisava estar preparada pra qualquer situação a qualquer hora do dia. Olhar pra essa parte da minha história me emociona! Quando criança, eu não sabia o poder que tinha de cocriar coisas para meu futuro e mesmo assim, inocentemente eu fazia. Lembro que minha brincadeira preferida era tirar um limão do pé, espetar ele na ponta de um graveto e brincar de ser repórter de tv. Não via isso como um sonho, era uma brincadeira! Hoje quando leio sobre o poder que existe em nossa mente e o quanto poderoso é visualizar o que queremos, sempre lembro dessa passagem da minha infância.

Em 2011 eu me tornei mãe da minha primogênita Valentina. A corrida diária pela informação continuou. Em 2014, com o nascimento do Joaquim, virei mãe de dois e ali comecei a repensar uma série de coisas. Aquela rotina maluca não estava cabendo na vida de uma mulher que tinha dois filhos pra levar e buscar da escola. Muitas vezes sai de casa com eles dormindo e voltei a noite quando já estavam dormindo de novo. Isso me fazia sofrer. De repente, a minha profissão que sempre foi uma grande paixão, ficou insuportável! Eu queria ser uma mãe mais presente, queria ter um horário certo pra sair e pra voltar pra casa, coisas que o jornalismo não me permitia. Em 2017 tomei a decisão de dar um tempo na vida profissional pra cuidar da minha família. Não foi nada fácil, doeu muito mas, não me arrependo da decisão que tomei. Meus filhos são minha grande certeza, zelar pela educação deles sempre foi uma prioridade.

Encontrei outras formas de aos poucos ir voltando ao trabalho o que também é uma grande necessidade minha. Hoje eu atuo como apresentadora de vídeos institucionais, faço freelancer como jornalista. No último ano apresentei um programa de tv semanal, aos domingos de manhã pelo SBT –  Rede Massa de Francisco Beltrão. Atualmente sou repórter esportiva do Novo Basquete Brasil e faço as transmissões ao vivo dos jogos do Pato Basquete. Nesse período de cinco anos meus filhos foram crescendo e eu fui me reinventando profissionalmente. Dei um jeito de continuar sentindo o prazer enorme que meu trabalho me proporciona com mais tempo pra minha família.

A pandemia pra mim,  assim  como pra muita gente, trouxe mudanças de olhar. Foi nesse período que passei a enxergar o poder da comunicação na vida de qualquer profissional. Entendi que quando o mundo foi para o virtual a comunicação passou a ser questão de sobrevivência pra maioria das pessoas, independentemente da área em que atua. Foi então que decidi iniciar uma extensa formação voltada a oratória, marketing mais focado  no meio digital e também uma especialização em Neurociência.  É por esse caminho que me preparo para os próximos anos da minha vida. Assim como a comunicação me forçou e me ajudou a enfrentar meus limites e meus medos, quero poder ajudar pessoas a soltarem a voz e sentirem a liberdade de se expressar com clareza, até porque comunicação não é dom, é habilidade e uma das mais importantes daqui pra frente. Isso não sou eu que digo, qualquer pesquisa que define as habilidades comportamentais mais importantes para o futuro mostra que o domínio de uma boa comunicação é uma necessidade de qualquer profissional.

Bastidores de gravação.

Nesse processo contínuo de transformações e adaptações encontrei uma grande aliada na minha vida. Nos últimos anos a corrida foi ganhando cada vez mais espaço no meu dia a dia. É com um tênis no pé que saio por aí pra fazer meus treinos e me conhecer melhor. Esse esporte, me ajudou a entender direitinho como a minha mente funciona. Cada quilômetro percorrido eu me descobria mais! Fui entendendo que a diferença entre conseguir vencer uma etapa ou não, está na decisão de parar ou continuar. Eu escolho seguir!!!!

Instagram: http://www.instagram.com/adrianaloduvichak

Foto de Capa: Marcel Almeida

2 comentários em “Adriana Loduvichak: Jornalista e Apresentadora, A Paixão pela Comunicação.

  1. História maravilhosa de uma mulher ímpar! A Adriana tem carisma, facilidade de comunicação e muita simpatia! Parabéns pela excelente matéria!

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