A matéria de hoje fala um pouco sobre a arte do Bonsai e quem traz essas informações para a gente é o meu amigo Douglas que faz parte de um grupo de pessoas amantes dessa técnica e dessa arte. E para quem tiver interesse em adquirir um exemplar, no final da matéria tem o link da página do grupo.
“Meu nome é Douglas Silva Santana, mais conhecido como Douglas Cavalera, tenho 30 anos, sou natural de São Paulo Capital. Moro em Pato Branco há 4 anos.
Meu interesse pela arte do Bonsai surgiu em 2010, mas naquele momento não foi possível iniciar com a prática. Na época, haviam diversas dificuldades para se conseguir materiais e plantas adequadas. Sem contar o tempo, pois, devido a vida corrida, nem sempre era possível fazer programações mais precisas para desenvolver o trabalho.
Meu primeiro contato com o Bonsai foi em uma feira de rua, no bairro da Liberdade em São Paulo. Lembro-me de ver aquelas pequenas árvores que pareciam artificias, fiquei muito encantado. De imediato, quando nos deparamos com um bonsai sempre acabamos fazendo perguntas, como: Como cuidar? Como fazer para ficar tão pequenas? Como é possível que possam sobreviver em um vaso tão pequeno? Acho que essas são as perguntas que se fazem as pessoas em geral quando se deparam com essa arte.
Atraído pelo desejo de fazer parte desse universo, resolvi comprar um pequeno exemplar, o qual morreu pouco tempo depois. Na segunda oportunidade, acabei adquirindo outro, um desses que se compra em supermercado. Também não durou muito tempo. Comprei o terceiro, no mesmo supermercado, mas percebi que tinha poucas informações, e isso não era o suficiente, pois o pouco que poderia se ter acesso naquele tempo, em geral, eram sites e outras páginas sobre o tema na internet. A pouca prática e o difícil acesso a cursos me impediam de fazer do bonsai em minha vida uma realidade. O resultado é que com a perda do terceiro exemplar, acabei ficando bastante desmotivado.
Em 2015 já morando em Pato Branco, adquiri algumas mudas. Tive contato com meu primeiro workshop com o professor Leandro Dourado que já cultivava Bonsai há vários anos. Foi quando comecei a me dedicar à arte do Bonsai. No ano de 2016 comecei a estudar bonsai com o Mestre Júlio Silveira da Bonsai Sul, nessa nova etapa, pude aprimorar minhas técnicas, ganhei conhecimento e aprendi a refinar minha visão sobre a arte, alcançando assim uma grande evolução nos trabalhos.
Bonsai é prática orientada, assim como qualquer outra atividade, seja esporte, arte, música, entre outras… Sem a dedicação necessária e uma prática contínua, sabemos que se torna muito difícil fazer qualquer atividade com qualidade e destreza.
O bonsai para muitas pessoas remete a imagem do oriente, ou uma prática que requer um longo período de trabalho. Na realidade é bem diferente, pois trata-se de uma arte internacional acessível a todos, uma combinação de técnica, talento artístico e gosto, que permite criar obras de arte cuja existência pode ser mais longa que a de seus próprios criadores. Segundo a fonte histórica mais conhecida, o Bonsai teve origem na China, porém é importante salientar que nem toda planta cultivada em um vaso é considerada um Bonsai. Para conseguir bons resultados com o Bonsai é fundamental ter consciência de que as árvores são organismos vivos, se entendermos os processos em jogo e provermos as necessidades físico-químicas do bonsai como árvore, não há como nossos planejamentos artísticos não serem atingidos, uma vez que o tempo e a paciência serão sempre grandes aliados para conseguirmos realizar nossas expectativas.
Necessidades básicas para o cultivo: cada árvore precisa de uma certa quantidade de luz solar, calor, água e nutrientes para sobreviver. No bonsai, o desafio é criar condições em um vaso raso que retenha água e nutrientes e permita a troca de gases nocivos por ar fresco.
O bonsai depende de cuidados constantes, principalmente quanto a rega e nutrição na medida certa, o excesso ou falta podem ser fatais, e cada espécie demanda de cuidados diferentes.
Nos dias 25, 26 e 27 de Maio participei do evento denominado ‘Bonsai 2018’ que acontece anualmente no Museu do Bonsai. Localizado na região metropolitana de Belo Horizonte. O evento contou com workshop de Bonsaístas de renome nacional e Internacional. Na ocasião participei do Bonsai Master Class, categoria em que se apresentam os 10 bonsaistas que mais se destacaram no ano, não fui um dos 10, mas tive a honra de participar como ajudante do meu Mestre Júlio Silveira de Porto Alegre. O evento também reuniu amantes da arte do Bonsai de todo o Brasil e de países vizinhos.
O que tenho a dizer do evento é que a soma de informações não só proporcionou novos conhecimentos na arte, mas a conquista de novas amizades e a gratificante experiência em participar de um evento dessa magnitude não tem preço.
Tenho como meta evoluir minhas técnicas e aprimorar minha prática, e quem sabe chegar a ser um profissional neste ramo. Sem esquecer de continuar a propagar e divulgar o bonsai para toda nossa região através da página Trilhas Do Bonsai, a qual sou fundador juntamente com os amigos, Leandro Dourado e Robson Mã.”
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